terça-feira, 9 de março de 2010

Shakespeare

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

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Teresa Cristina disse...

Re,
Seu blog e' otimo, acompanho ha' algum tempo.
Diiversificado, divertido, repleto de "insights".
Na verdade, nunca sei o que vou encontrar.
Criatividade, fundamental ...
Gostei do texto.
Realmente, amor enfrenta dificuldades mas, se verdadeiro, mantem-se.
Voce poderia me dizer de qual das obras de Shakespeare voce tirou esta passagem?
Grande abraco,
Teresa

Rê Cicca disse...

Teresa, obrigada pelos elogios. Qto à Shakespeare, esse soneto* (eu tentei separar por versos mas a edição juntou tudo)é da obra
"The Sonnets" 1609, coleção com 154 sonetos com temas sobre o amor, política, morte etc...Esse é o de n° 116.
Um grande abraço!!!
Regina