Musica and me

Na minha classificação sobre músicas, existem 3 tipos:
-as que eu gosto e compro.
-as que eu gosto mas não compro e
–as que eu não gosto e não compro nem fud...digo, ferrando!!!
Zé Ramalho é um tipo que eu gosto e compro, mas cá entre nós, eu tenho uma certa dificuldade prá entendê-lo num primeiro momento. Tem letras que eu acho que foram feitas, no mínimo, à base de algum alucinógeno. Ele brinca com palavras e a música fica com aquele tom ”papo cabeça”.
Veja uma trecho de Avohai:

“...Rebuscando a consciência
Com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar (...)

E se eu disser
Que é meio sabido
Você diz que é bem pior
E pior do que planeta
Quando perde o girassol .” (Hã?,desenha prá mim?)

Outro trecho de Chão de Giz:

“Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...

Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...” (Simples assim!)

Mais um trecho de Da Mãe:

“Que um vulto passe e lhe toque
Sua pele metálica e macia
Rígido olhar de procuras
Mordida de átomos
Alquímicas e nuas
Suas duras paixões
Movimentos quebraram
Dunas e arestas do estômago
Que a mim tão bem me cabiam.” (Tendeu?)

Bem, não importa, talvez eu seja meia lesadinha e seja apenas uma linguagem comum no nordeste...o fato é que eu gosto mesmo assim, mesmo demorando prá entendê-lo e como ele mesmo canta:
“não tem pé, não tem cabeça, não tem ninguém que esqueça...”