Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados.
Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez.
Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita.
Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.
Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud'
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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Ainda bem que não levei Freud tão a sério...rs..."eu fico com a pureza da resposta das ciranças: é a vida, é bonita e é bonita!"
Freud é um cara legal...esse texto fala que a gente se preocupa mais em evitar o sofrimento do que realmente buscar felicidade....e não é bem isso???
Lógico que ele era um maluco como todo que lidam com o "psiquê" kkkkkk mas ainda acho Freud, froid!!!
“Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.”
Creio que realmente a tônica do nosso viver racional, passa por esta afirmação.
Privamo-nos das atitudes mais ousadas, mas admiramos os que ela tem.
Aguardamos e nos preparamos para um futuro. Para uma aposentadoria, sonhamos com um bom plano de saúde.
Hoje já existe plano de morte também, rs. Um bom caixão e velório garantido.
Mas será que o capitalismo não pensa em lançar um “Plano de Festas”, “Plano de Prazeres”?.
Não, isto será coisa de outro sistema
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