quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vivaaaaa


Eu que gosto de colocar os aniversários dos meus colunáveis* prediletos, não poderia jamais deixar de fora um dos meus poetas preferidos: Mário Quintana. E é um dos meus favoritos pela simplicidade e singeleza que coloca em seus poemas, pela inocência nas palavras (embora com um profundo conhecimento).

Tem pessoas que deveriam estar eternamente aqui fazendo esse planeta melhor.


" Da vez primeira em que me assassinaram, / Perdi um jeito de sorrir que eu tinha. / Depois, a cada vez que me mataram, / Foram levando qualquer coisa minha. / Hoje, dos meu cadáveres eu sou / O mais desnudo, o que não tem mais nada. / Arde um toco de vela amarelada, / Como único bem que me ficou. / Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada! / Pois dessa mão avaramente adunca / Não haverão de arrancar a luz sagrada! / Aves da noite! Asas do horror! / Voejai! Que a luz trêmula e triste como um ai, / A luz de um morto não se apaga nunca! "

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