Eu agi sempre.
Eu agi sempre para dentro.
Eu nunca toquei a vida,
Nunca soube como se amava...
Apenas soube como se sonhava amar.
Se eu gostava de usar anéis de dama nos meus dedos,
É que, às vezes, eu queria julgar que as minhas mãos eram de princesa.
Gostava de ver a minha face refletida,
Porque podia sonhar que era de outra criatura.
Livro do desassossego/ Fernando Pessoa
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